Chieti é particularmente renomada pelo uso de legumes,
verduras e carnes. Os pratos típicos são:
“Coniglio alla chietina”
Coniglio alla chietina |
Coelho a chietina, que vem aromatizado com alecrim e assado com manteiga e presunto.
“Le turcenelle”
"Le turcenelle" |
Feito com miúdos e servido com molho picante de tomate.
"Pallotte cace e ove"
Pallotte cace e ove |
"Pane
di Cappelli"
Pane di Cappelli |
A
receita do “Pane di Cappelli” tem sido transmitida de pai pra filho, a décadas,
desde 1930. É característico da Província de Chieti e é feito com farinha de grão
duro típica das colinas de Abruzzo, água e sal dentre outros ingredientes. O “Pane
di Cappelli” é conhecido por diversos nomes dialetais como “Filoncino di municarella”,
“Coppietta”, “Pagnotta alta”, “Filone”, “Cuscino” e “Schirone”.
"Pane
nobile di Guardiagrele"
Pane nobile di Guardiagrele |
É
um pão nobre cuja receita tem suas raízes na idade média. As áreas de produção
são as colinas de “Bocca di Valle” e de “Guardiagrele”, na Província de Chieti.
O pão é feito com uma mistura das farinhas de trigo, integral e de milho, aveia,
cevada, centeio, gergelim, azeite extra virgem de oliva, queijo, água, sal,
fermento e uma pequena quantidade de levedo de cerveja. A combinação desses
ingredientes confere a esse antigo e nobre pão um aroma característico. Por ser
um pão de longa duração era muito apreciado e consumido pela população das
colinas que dedicavam-se ao trabalho em carvoarias, obrigados aos duros
trabalhos no bosque e longa ausência dos
centros habitados.
"Pizz’
e’ ffojie"
Pizz' e' ffojie |
"Pizza scime"
Esta
pizza, que de tempos remotos representa um substituto ao pão, tem a
característica de ser preparada sem o
uso de fermento, testemunhando uma provável origem hebraica das numerosas comunidades
estoricamente presentes em Abruzzo. Se apresenta como uma baixa focaccia
branco-dourada feita com farinha, azeite extra virgem de oliva, sal e água.
Algumas variantes da Pizza Scime substituem uma parte da água por um copo de vinho branco. Em Roccascalegna,
na Provincia de Chieti, a muitos anos os panifícios locais organizam no verão “La sagra della pizza scime”, manifestação
voltada a redescoberta do apreciado produto típico local.
Pizza scime |
"Le corde de le chiochie"
Le corde de le chiochie |
"Sagne a pezze o tacconelle"
Sagne a pezze |
"Scapece"
O prato típico do litoral é o “Scapece” – peixe frito e
conservado no azeite depois de ser polvilhado de açafrão di Navelli.
Scapece |
“Zuppa di cardi”
Zuppa di cardi |
"Caciocavallo abruzzese"
Produto típico das Províncias de Chieti e L'Aquila. É um produto de massa compacta e suave, feito com leite integral cru, coalho e sal.
"Caciotta vaccina frentana"
Caciotta vaccina frentana |
"Scamorza abruzzese"
É
um queijo produzido com leite integral cru, coalho de vitelo, que pode ser em
pó ou líquido, e sal. Possui massa uniforme, macia e ligeiramente elástica,
aroma de leite fresco e sabor delicado de leite.
Doces
"Bocconotto di Castel Frentano"
“Bocconotto
de Castel Frentano”, chamado também de “Castellino”, é um doce típico da homônima
cidade de Castel Frentano. Se trata de uma ‘Tartelletta” de massa macia preparada
com óleo extra virgem de oliva e recheada com um creme compacto a base de chocolate fundido,
amêndoas e canela. A palavra “bocconotto” foi mencionada pela primeira vez no
dicionário abruzzese de Domenico Bielli, em 1930, com a seguinte definição: “Buccunotte”
docinho de formato redondo com recheio de mel, creme, chocolate, chantilly
entre outros. As pouquíssimas informações históricas que se tem notícia colocam
a origem deste doce nos primeiros anos de 1900. A tradição popular, ao invés,
como retrata Enzo Giordano em seu livro “Il segno”, assinala a origem entre o final de 1700 e início de 1800, quando
foi difundido o cacau na Europa.
"Cicerchiata"
É
um doce típico de carnaval, cuja receita pode apresentar algumas variações, não
só pelos ingredientes utilizados, mas também pelo preparo e formato. É forte na
cultura alimentar abruzzese sobretudo na região de Sangro, onde o setor de
apicultura é extremamente desenvolvido com produção de mel de alta qualidade. É
composta de bolinhas douradas de massa frita (chamadas de “cicerchie” porque
lembram a forma desta variedade de grão) ligadas com mel e decoradas com
amêndoas torradas e trituradas.
"Fiadone dolce"
Muito
difundido na região interna de Abruzzo, o “Fiadone dolce” possui diferenças
peculiares de região para região. Por exemplo, em Gessopalena, na Província de
Chieti, existe uma particular e deliciosíssima versão, ideal para ser servida
no final da refeição. É feito com queijo fresco “Canestrato”, ovos e
aromatizantes. O nome “Fiadone” derivaria, segundo a versão mais acreditada (Panzini),
de “flan” – palavra proveniente do baixo latino “Flado”, derivado do germânico “Fladen”,
que significa inchado. Sua origem ressaltam aos tempos de Messiburgo,
contemporâneo de Ariosto, da corte de Ferrara.
"Lingue di suocera"
Se
trata de um pequeno doce muito conhecido na Provincia de Chieti. É feito com
amêndoas, farinha de trigo, açúcar, chocolate fundido, manteiga, anis, grappa e
baunilha.
"Serpentone di Fara Filorum Petri´ "
Típico
doce da cidade de “Fara Filiorum Petri” na Provícia de Chieti”, o “Serpentone” que
localmente é chamado de “Lu serpendone”, antigamente era preparado para coincidir
com o abate do porco, já que se utilizava sangue fresco no seu preparo. Atualmente é preparado
em ocasião da Festa de Santo Antonio, em 17 de janeiro. Na noite que precede a
Fara(nome de evidente origem lombarda) são acesas as famosas “farchie” –
altíssimos feixes de bambú, preparados por diversos “contrade”, que são deixados
queimar a noite inteira em memória ao milagre do santo que salvou a cidade da
invasão dos franceses em 1799. O nome “Serpentone”
tem origem no seu formato similar a uma cobra enrolada em torno de si. Existe
duas variações para esse doce: a primeira, com a superfície clara coberta com claras
de ovos e açúcar, e a segunda, escura e coberta com chocolate. Os ingredientes para o
preparo são ovos, farinha, óleo extra virgem de oliva, vinho branco e açúcar
para fazer a cobertura. Hoje não é utilizado mais sangue fresco de porco no
preparo, o mesmo foi substituído por geléia de uva, chocolate, nozes, amêndoas,
mosto cotto – bebida típica abruzzese, raspas de frutas cítricas e aromas
naturais.
"Sfogliatella di Lama" ("sfuiatell")
"Sise delle monache"
"Svivitella"
"Torrone di Guardiagrele"
Vinhos
Dentre os vinhos DOC encontramos o tradicional “Trebbiano” D.O.C. e o “Montepulciano d’Abruzzo” D.O.C.
Scamorza abruzzese |
Doces
"Bocconotto di Castel Frentano"
Bocconotto di Castel Frentano |
"Cicerchiata"
Cicerchiata |
"Fiadone dolce"
Fiadone dolce |
"Lingue di suocera"
Lingue di suocera |
"Pizzelle" (Ferratelle, Nevole, Neole, Cancellate)
Pizzele são difundidadas em toda a região de Abruzzo, também entre as diversas localidades de maior produção se verifica uma certa diversificação devido sobretudo a consistência da massa e dos ingredientes para aromatizá-la (limão e anis). É conhecida por diferentes nomes, entre eles “neole”, “nevole” – na cidade de Ortona, “Ferratele” ou “Cancellate”. Trata-se de uma calda assada em uma forma de ferro apropriada, ligeiramente cavada, e assinalada com pequenos quadrados ou diamantes, dando ao produto uma forma característica, em geral quadrada. A receita é muito simples, feita com clara de ovos em neve, gemas, óleo extra virgem de oliva, açúcar e raspas de limão. Não se sabe a origem deste doce, mas a tradição de forjar o “ferro” com o centro impresso com o brasão da família ou as iniciais do proprietário e do outro lado a data de fabricação, permite afirmar que no final de 1700, início de 1800, as formas para a confecção dos “Pizzeli” eram largamente presentes nas famílias de Abruzzo. Tradicionalmente os “Pizzeli” eram típicos doces matrimoniais que eram preparados e oferecidos a todos os convidados quando visitavam e levavam presentes aos noivos, mas a preparação deste doce foi estendida sucessivamente a todas a festas sejam religiosas ou civil.
Pizzelle |
Serpentone di Fara Filorum Petri´ |
"Sfogliatella di Lama" ("sfuiatell")
Sfogliatella di Lama |
A
região de produção típica da “Sfogliatella di Lama” é a cidade de “Lama dei Peligni”,
na Província de Chieti, e a produção desse doce é confinada a essa cidade, provavelmente
pelo preparo ser muito complexo. A Sfogliatella apresenta uma forma oval e,
como o nome sugere, a massa que envolve o recheio tem muitas camadas que dão ao
doce um aspecto particular e atraente. A massa externa esconde um recheio
delicioso feito com geléias de uva e amarena – variedade de cereja selvagem e
ácida, mosto cotto – bebida típica abruzzese, nozes e cacau, ingredientes esses
que dão ao conjunto um perfume irresistível e ao mesmo tempo conservam a maciez
do doce por longo tempo. A origem da “Sfogliatella di Lama” remontam os últimos anos de 1800, quando, uma
nobre senhora de Santa Maria Capua Vetere, Francesca D’Antona, pede para a
nora, Anna di Guglielmo, a receita da Sfogliatella napolitana já que a mesma
tinha vivido na região da Campania antes de se mudar para Lama. A receita foi
substancialmente modificada por Anna di Guglielmo, que pensou em adaptá-la ao
seu paladar, mas provavelmente também devido a disponibilidade de ingredientes na
região.
Sise delle monache |
Chamado
também de “Tre Monti”, é produzido exclusivamente na cidade de Guardiagrele, na
Provincia de Chieti. O doce de massa fresca é composto de duas camadas do “Pan
di Spagna” - feito com farinha, ovos e
açúcar intercalados com um creme a base de leite fresco, ovos, farinha, açúcar
e limão. Esta especiaria foi criada em 1884 pelo confeiteiro Giuseppe Palmerio.
"Svivitella"
Svivitella |
A
“Svivitella” representou por muitas
gerações uma refeição rápida nutriente e ao mesmo tempo dietética, o clássico “spezzafame”
(para matar a fome) se degusta no café da manhã com leite, ou na metade da
jornada, banhado com vinho. Os ingredientes utilizados no preparo são farinha,
manteiga, ovos, açúcar, fermento, baunilha, leite e raspas de limão. Na tradição
rural a “Svivitella” era preparada sobre tudo no período da colheita, quando o
duro trabalho era intercalado com refeições. A “Svivitella” era servida durante
a tarde no intervalo da colheita.
"Torrone di Guardiagrele"
Torrone di Guardiagrele |
É
produzido exclusivamente em Guardiagrele, na Província de Chieti, se trata
propriamente de um crocante, feito com amêndoas inteiras tostadas misturadas
com açúcar, canela e frutas cristalizadas.
Dentre os vinhos DOC encontramos o tradicional “Trebbiano” D.O.C. e o “Montepulciano d’Abruzzo” D.O.C.
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